Sacolas, cotonetes, isopor, canudos e pratos de plásticos são apontados como vilões da poluição plástica
Segundo as Nações Unidas, a poluição plástica é considerada uma das principais causas atuais de danos ao meio ambiente e à saúde. Diante disso, vemos diversas iniciativas que pedem a proibição de canudos e copos descartáveis, como as recentes leis municipais de São Paulo, Lei nº 17.123, e Rio de Janeiro, Lei nº 1691. Isso levanta questionamentos: a mera proibição do canudo pode resolver o problema da poluição nos oceanos?
- O que é poluição plástica?
- Os oceanos sofrem com canudos, copos, sacolas…
- Qual é a solução para o plástico?
- Tecnologia como aliada no combate à poluição plástica
O que é a poluição plástica?
Extremamente transformável, o plástico serve de matéria-prima para a fabricação de diversos objetos, incluindo os popularmente chamados “descartáveis”.
De acordo com o ONU, metade do plástico consumido no mundo é considerado de uso único e todo o problema está relacionado ao curto período de uso, ao longo tempo de degradação no meio ambiente e, principalmente, à destinação inadequada do material. Um canudo, por exemplo, quando descartado incorretamente, pode levar 200 anos para se decompor na natureza! E, os oceanos, por sua vez, são os mais afetados por esta situação, tanto ambientalmente como economicamente.
Estudos realizados pela WWF, World Wide Fund for Nature, revelam que já foram depositadas mais 160 milhões de toneladas de plástico nos oceanos desde 1950! 10 milhões de toneladas equivale a 26 mil garrafas de plástico no mar a cada km2.
Os oceanos sofrem com canudos, copos e sacolas…
A poluição oceânica que conhecíamos anos atrás era oriunda principalmente de esgotos, produtos químicos e petróleo, provocando sérios prejuízos à fauna e microfauna. Entretanto, o lixo no mar entrou na pauta dos problemas ambientais mais urgentes do século devido a produção e comercialização de produtos descartáveis de uso único, conforme citado a cima.
Segundo o Greenpeace, 70% do plástico afunda, contaminando o fundo dos oceanos. Isso revela que o problema não é apenas o plástico flutuante, que chega até praias e baías, mas está principalmente afetando os animais marinhos, que acabam confundindo aquele objeto com alimento. No entanto, para os especialistas, proibir de itens como canudos e copos é insuficiente para combater danos ao meio ambiente até que grandes corporações mudem também seus processos de produção.
Qual a solução?
O plástico normal é produzido com resina de petróleo (fonte não renovável) que pode levar mais de um século para desaparecer do meio ambiente. Adotar materiais biodegradáveis, produzidos a partir de fontes renováveis, como amido, celulose e mandioca, cujo tempo de decomposição é extremamente menor, reduz a agressão ao ecossistema. Além de facilitar seu recolhimento, reaproveitamento, processamento e reciclagem dos materiais.
Estudos revelam que pode-se fazer sete vezes mais plástico a partir do plástico jogado fora, revelando que a reciclagem também é uma opção extremamente viável para minimizar os danos da poluição plástica. Vale lembrar que a responsabilidade da reciclagem não é apenas individual, mas sim coletiva/corporativa: todo o lixo gerado por empresas deve ser encaminhado a central de resíduos, onde é devidamente armazenado até que uma empresa qualificada faça a coleta, o transporte e a destinação final adequada (como uma cooperativa de reciclagem ou um aterro sanitário). Por vezes, este processo pode ser executado de forma irregular, o que além de acarretar penalizações e multas ambientais, gera muitos malefícios ao meio ambiente. Por este motivo, é muito importante que a empresa parceira seja confiável, tenha domínio técnico e possua credibilidade no mercado, além de possuir todas as certificações e licenças ambientais.
Diante de toda a situação, fica a lição de que devemos cobrar empresas que geram resíduos para realizar a destinação correta e denunciar práticas inadequadas, adotar o uso de materiais biodegradáveis e reduzir a quantidade de plástico de uso único!
Tecnologia como aliada do combate à poluição plástica
Um dos grandes desafios para aumentar os índices de reciclagem e, portanto, mitigar a degradação ambiental é a dificuldade em ter um controle sobre o plástico produzido e como ele é descartado. Felizmente, muitas soluções tecnológicas estão trazendo oportunidades nesse sentido! Um desses exemplos é a PlataformaVerde. Com o nosso software em blockchain, uma indústria ou empresa consegue rastrear e ter um controle de todo o resíduo que é produzido em suas operações. Além disso, os dados relacionados à coleta, transporte e destinação são compartilhados com parceiros, o que melhora a segurança e eficiência desse processo. Dentro do nosso software, também é possível verificar as licenças e documentações dos seus parceiros, trazendo mais transparência nessa relação!
Estudante de Publicidade e Propaganda com ênfase em Criação. Apaixonada pela comunicação e pela natureza. Cinéfila nas horas vagas e aventureira de meia tigela.