O Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado anualmente em 5 de junho, é uma data que com toda certeza merece destaque no calendário mundial.

Realizado pela ONU desde 1973, essa data, que foi escolhida para coincidir com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, tem como objetivo reunir governos, empresas, cidades e cidadãos em escala global para sensibilizar a população para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais, que até então eram considerados, por muitos, inesgotáveis.

Em 2023, a data marca o 50° aniversário do Dia Mundial do Meio Ambiente, e tem como temática a “Solução para a Poluição Plástica”. Acompanhe esse texto para descobrir quais soluções são apontadas pelo PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), como a Gestão de Resíduos impacta nesse cenário e de que forma a tecnologia se tornou uma grande aliada no combate à poluição plástica.

Panorama da Poluição Plástica

Os plásticos representam hoje pelo menos 85% do total de lixo marinho encontrado nos oceanos. É estimado que mais de 11 milhões de toneladas métricas de plástico entrem nos mares anualmente, e a perspectiva é que, sem soluções para redução e combate, esse montante triplique nos próximos vinte anos. Isso significa que até 2040 cerca 37 milhões de toneladas métricas de plástico fluirão para os oceanos todos os anos!

Na vida marinha os impactos da poluição plástica variam de danos físicos a efeitos na biodiversidade e no funcionamento do ecossistema. Pedaços de plástico foram encontrados no sistema digestivo de muitos organismos aquáticos, incluindo quase todas as espécies de tartarugas marinhas e quase metade de todas as espécies de aves marinhas e mamíferos marinhos já pesquisadas!

Mas os impactos não param por aí: a saúde ambiental está intimamente ligada à saúde humana. Os plásticos não são biodegradáveis – ou seja, não se decompõem-se naturalmente de forma a não prejudicar o meio ambiente. Em vez disso, eles se decompõem ao longo do tempo em pedaços cada vez menores, conhecidos como microplásticos e nanoplásticos, que segundo pesquisas, estão sendo inalados pelo ar, consumidor por meio de alimentos e água e até mesmo absorvidos pela pele. Microplásticos já foram encontrados dentro de nossos pulmões, fígado, baço e rins!

Os plásticos também são um problema climático. Por serem produzidos a partir do petróleo, um combustível fóssil, quanto mais plástico produzimos, mais combustível fóssil é necessário, mais intensificamos a crise climática em um ciclo negativo contínuo.

As soluções para Poluição Plástica

É inegável que a poluição plástica se transformou em uma crise global que requer atenção e ação mais do que imediata. Porém, a análise “Breaking the Plastic Wave“,  revela que podemos reduzir a quantidade de plástico que entra no oceano em cerca de 80% nas próximas duas décadas!

Para isso, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente vem elencando soluções que contribuam para a mudança de trajetória da poluição plástica que serão ainda mais discutidas no 50° Dia Mundial do Meio Ambiente. Sendo algumas soluções:

• A melhora na circularidade na cadeia de valor do plástico, promovendo práticas de consumo e produção mais sustentáveis;
• O envolvimento cada vez mais ativo de consumidores na abordagem da poluição plástica para influenciar o mercado e inspirar mudanças comportamentais;
• A mudança na mentalidade e eliminação gradativa de itens plásticos desnecessários, evitáveis ​​e mais problemáticos e substituindo-os por materiais, produtos e serviços alternativos;
• A inclusão de monitoramento eficaz para identificar fontes, quantidades e destinos do plástico;
• A melhora nos sistemas de gestão de lixo para que a infraestrutura certa esteja disponível para receber plásticos e garantir sua reutilização (ponto muito importante!).

E como a Gestão de Resíduos impacta nisso?

Os dois últimos pontos do tópico acima, deixam claro o papel essencial da gestão de resíduos no combate à poluição plástica. Para contextualizar, a gestão de resíduos nada mais é do que um conjunto de ações que trabalham a forma de uso, coleta, transporte, armazenamento, tratamento, destinação, e demais etapas dos resíduos de uma empresa ou cidade. Quando aplicada ao cenário da poluição plástica, a gestão possibilita trazer controle e informações para tomada de decisão sobre a produção e descarte do material, com o objetivo de diminuir os impactos para o meio ambiente em cada uma dessas fases.

A rastreabilidade também é um ponto de extrema importância. Ela conecta e monitora toda a cadeia de resíduos com tecnologia, resultando em uma gestão mais eficiente, e com comprovação em tempo real do caminho do resíduo.

Imagine como o rumo do lixo marinho e da poluição plástica pode ser alterado implementando soluções que permitam rastreabilidade e gestão de resíduos completa?

 

 

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Até 2025, nossa meta é rastrear milhões de toneladas de resíduos por ano, reduzindo a poluição em aterros, lixões e oceanos, beneficiando o meio ambiente! 

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