Muito se fala em Economia Circular e como ela atrela a sustentabilidade aos processos produtivos, sendo um caminho para reverter a situação atual de calamidade climática. No entanto, até onde sabemos sobre a Economia Circular? Quais são os potenciais ainda não explorados ou que nós devemos nos atentar mais?

Separamos 5 fatos para você sobre este modelo econômico tão necessário em nossa sociedade! Confira,

1. Nada acontece sozinho!

A Economia Circular é um modelo econômico regenerativo. Nos ciclos naturais, todo recurso se torna um insumo através dos agentes envolvidos nas teias ecológicas. Isso significa que cada organismo vivo em um ambiente natural cumpre uma função que agrega na regeneração do meio ambiente. Essas premissas norteiam a Economia Circular.

Alguns fatores do nosso modelo econômico se assemelharam aos ciclos naturais. Temos diversos agentes dentro da cadeia de um recurso, material ou produto, no entanto, é bem possível que ela não seja regenerativa. Apenas 8,6% dos mercados mundiais são circulares. Do resíduo até a solução que o torna insumo novamente são necessárias muitas pessoas e estruturar essa cadeia é crucial.

Neste sentido, a Logística Reversa é um ótimo exemplo! No Brasil temos a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), nela, fica definido os agentes da cadeia, as suas responsabilidades, as funções e as possíveis estratégias e instrumentos que podemos utilizar na criação de uma cadeia circular. Para uma garrafa plástica que você joga no coletor de reciclável, precisamos de 4 a 6 entidades diferentes (sem contar você, consumidor) para garantir que este plástico seja usado na composição de um novo produto.

Muito além da solução, precisamos de pessoas engajadas e alinhadas para fecharmos um ciclo produtivo. Colaboração e responsabilidade é primordial!

2. Mindset linear + Estratégia Circular = Receita para o fracasso

Estamos falando de um modelo econômico aonde a preocupação vai além da venda. Por isso, buscar estratégias diferentes com o mesmo pensamento não funciona!

Quando queremos criar ou reestruturar uma cadeia produtiva na lógica circular existe uma série de questões internas e externas que precisam ser ajustadas. Geralmente, a compra de insumo de fornecedores é pautada em preço, disponibilidade, questões técnicas e qualidade.

Numa lógica circular, é pensado também em qual resíduo aquele insumo gera, o gasto energético, o passivo ambiental na mão do consumidor, quais outras fontes de obtenção do mesmo insumo (recuperado, reciclado, remanufaturado ou reaproveitado), qual o melhor design para usá-lo e muitas outras perguntas que vão além do trivial.

É crucial saber que as cadeias produtivas vão gerar impacto ambiental, mas é possível fechar a conta com saldo positivo e tornar a cadeia regenerativa. É aí que entra o pensamento circular e regenerativo, buscando mecanismos que permitam a extensão da vida útil dos objetos, ou, dar a disposição que o aproveite no ciclo técnico ou natural.

Não é pensar fora da caixa, mas dentro dos ciclos naturais. E na natureza nada se cria, nada se perde. Tudo se transforma!

3. Prevenir é melhor que remediar: Design

É uma enorme responsabilidade introduzir um produto novo no mercado. Inúmeras são as histórias de produtos fabricados, comercializados e que trouxeram problemas, tanto nas questões de saúde e/ou ambientais. Os questionamentos a serem feitos aqui são:

Era possível prevenir? Pensaram que isso poderia acontecer? Pode ser que sim, e negligenciaram ou só não pensaram nestas consequências no momento do DESIGN!

Você sabia que 80% do impacto que um produto causa é definido no momento do Design? É nesse momento que podemos aplicar o bom e velho ditado: “prevenir é melhor que remediar”.

A maioria dos designs de produtos têm poucos aspectos da circularidade. Ao invés de abandoná-los e reconstruir tudo, é melhor ir implementando no design os conceitos da circularidade e transacionando do linear para o circular. Um primeiro passo nessa transição é identificar o que é consumido de recursos energéticos e hídricos e afins devido ao design do produto, e ir expandido para a pré e pós-produção esse levantamento, questionar os materiais usados e a relação que a sociedade/consumidores têm com o produto, se existem mercados paralelos ou que comercializam suas peças.

O importante é lembrar que sempre tem como aprofundar a circularidade dentro do design, ou aceitamos esse fato e buscamos mudar ou saibamos que teremos um 7º continente só de resíduo.

4. Mercados mais resistentes e resilientes

Em 2 meses de pandemia vimos que qualquer país pode falir, a fraqueza e baixa de resiliência dos nossos mercados ficaram nítidas. Cenário de mercados cada vez mais centralizados em poucas relações comerciais aumentam a cada dia. Caso um elo dessas cadeias centralizadas se rompa, o efeito dominó é garantido.  Mas, quando temos pluralidade, os efeitos se dispersam e o impacto é menor.

Como dito no início, cadeia circulares precisam de muitos agentes e cada um com responsabilidades diferentes. Em um primeiro momento podemos imaginar que isso vai tornar o material mais caro para o consumidor final, no entanto, existe muitas oportunidades de criação e agregação de valor.

No momento que é destinado um resíduo para aterro ele se torna um custo e um passivo ambiental, mas usá-lo em outra etapa produtiva, destinando-o para um outro setor ou mercado, é possível obter-se uma significativa redução no custo de destinação como resíduo e pode até ter o ganho financeiro com a venda do mesmo.

Ainda, é possível ter acesso a um outro mercado, ganhando influência em mais de um setor e possibilitando a regeneração ambiental, aqueles que estão usando seu resíduo, não precisarão da extrair o recurso virgem no mesmo volume.

5. Valor é primordial

Gerar valor é um dos pontos chaves para vendas, qualquer vendedor já ouviu sobre a importância disso. Os produtos tem como premissa a solucionar problemas do dia a dia, é assim que eles geram valor para as pessoas. No entanto, quando o uso do produto acaba, como podemos garantir que a percepção de valor dele não acabe junto? Os modelos atuais focam no momento do uso e quando esse momento se encerra, o consumidor tem na mão um problema a ser solucionado. Em muitos casos, por não se ter alternativas ou orientações, esse material recebe uma destinação inadequada.

Se não é gerado valor de uma etapa a outra, teremos um elo fraco da cadeia, passível de romper e caso ocorra todo o resto é perdido, teremos uma cadeia aberta onde não a perda de material e por isso se torna necessário a inserção de mais matéria prima e isso inválida os outros dois pilares da Economia Circular.

Por isso, um olhar diverso e sobre os vários momentos do material, o design e a função o qual ele recebe quando produto, a comunicação e parceria com outros elos da cadeia que podem se apropriar do uso do produto durante ou após a sua vida útil é fundamental para a geração de valor ser cíclica.

6. GreenPlat na circularidade

A GreenPlat já desenvolveu inúmeras cadeias circulares, e se atentar aos pontos relatados acima foram cruciais para o sucesso dos projetos. Caso queira entender como podemos ajudar você e sua empresa a criar cadeias circulares, entre em contato no [email protected]r e solicite uma demonstração!