Você já conhece o termo – Smart City, ou cidades inteligentes?

Smart cities ou cidades inteligentes são tecnologias da informação e comunicação e de big data visando o gerenciamento de forma eficaz e sustentável da cidade, desde o funcionamento dos transportes, o uso dos recursos energéticos ou hídricos e uma melhor gestão urbana de resíduos. O objetivo em si é simples: reduzir as emissões de CO2, aumentar o bem-estar dos cidadãos, além de diminuir o consumo energético e os impactos ambientais negativos.

No texto de hoje, você pode conferir alguns pontos fundamentais para o entendimento de uma Smart City! Confira :

  1. Tecnologia como uma aliada à sustentabilidade das cidades
  2. Compromisso ODS e cidades inteligentes
  3. Cidades inteligentes no Mundo
  4. Cidades inteligentes no Brasil

1. Tecnologia como uma aliada à sustentabilidade das cidades

As cidades sustentáveis, conectadas e otimizadas por conta da tecnologia, não são apenas uma mobilização local, trata-se de um movimento global, representando uma solução para conter e reduzir os preocupantes impactos ambientais e socioeconômicos que a urbanização provoca  em nossos ecossistemas.

Interligados, as cidades inteligentes e a tecnologia, envolvem diversos setores, o que demanda um bom planejamento urbano e administração pública. Essas cidades funcionam como máquinas, os serviços públicos são eficientes e possuem internet de alta velocidade, gerando uma maior democratização da informação.

Destaca-se neste sentido, a gestão urbana de resíduos. Ao desenvolver mecanismos de controle, acompanhamento e rastreabilidade de grandes geradores de resíduos, é possível definir uma rede de transporte em que não se tenha atrasos de horários, garanta a destinação correta dos materiais coletados e descartados e por consequência, diminua significativamente os impactos ambientais gerados por conta de despejos irregulares.

Concluindo, uma cidade inteligente está intrinsecamente ligada ao conceito de sustentabilidade. Definidas pelo uso de métodos sustentáveis — diminuição da poluição urbana, melhorar taxas de reciclagem e descarte correto e produções mais limpas, o ponto principal é a conscientização da população para que o uso de práticas sustentáveis se torne prioridade.

2. Compromisso ODS e cidades inteligentes

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê que em 2050 a população mundial chegará a 9 bilhões de habitantes, dos quais 70% morarão em centros urbanos.

Considerando que as metrópoles já consomem mais de 75% da geração de energia mundial e geram 80% das emissões de gases de efeito estufa (GEE), muitas cidades apostaram em se reciclar estrategicamente — e se transformar digitalmente — para darem resposta a alguns dos grandes desafios globais: aumento da população, poluição, gestão de resíduos urbanos e/ou eficiência energética.

O compromisso ambiental das cidades, o número 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis, dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) aprovados pela ONU, é um dos principais pilares de uma smart city.

Como dito, o tema “Cidades e Comunidades Sustentáveis” é abordado no ODS 11 e visa tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis; incluindo sete metas e três sugestões de como implementá-las. Dentre as metas, estão aquelas relacionadas ao acesso à habitação, aos serviços básicos, à urbanização de comunidades carentes, aos sistemas de transporte sustentáveis e à redução de impacto ambiental negativo per capita das cidades (prestando especial atenção à qualidade do ar e gestão de resíduos municipais) (MORAES & ALMEIDA, 2020).

Apesar de serem acordos globais, realizados por governos nacionais, os governos locais apresentam papel crucial para o sucesso das metas e objetivos propostos, pois são formuladores de políticas, catalizadores de mudanças e estão mais próximos da realidade das comunidades locais (EPE, 2020).

3. Cidades inteligentes no Mundo

Dinâmicas e hiperconectadas, as cidades inteligentes não apenas otimizam a vida dos habitantes como também apontam para um futuro cheio de possibilidades no cenário urbano.

O Centro de Globalização e Estratégia do Instituto de Estudos Superiores da IESE Business School, escola de negócios da Universidade de Navarra, na Espanha, desenvolveu um índice para medir o grau de inteligência dos locais mais importantes do mundo: o Cities in Motion Index.

No topo do ranking estão cidades europeias; a América do Norte vem na vice-liderança; e na sequência está a Ásia, com cinco cidades no top 5.

Confira o top 10:

  1. Londres (Reino Unido)
  2. Nova York (Estados Unidos)
  3. Amsterdã (Holanda)
  4. Paris (França)
  5. Reykjavik (Islândia)
  6. Tóquio (Japão)
  7. Cingapura
  8. Copenhague (Dinamarca)
  9. Berlim (Alemanha)
  10. Viena (Áustria)

4. Cidades inteligentes no Brasil

São Paulo é a cidade mais inteligente e conectada do Brasil, segundo o Ranking Connected Smart Cities 2020. Elaborado pela Urban Systems em parceria com a Necta, está na 6ª edição e mapeia os 673 municípios com mais de 50 mil habitantes, com o objetivo de definir as cidades com maior potencial de desenvolvimento do Brasil.

A região Sudeste concentra as cidades mais inteligentes e conectadas, sendo seis municípios entre os 10 mais bem colocados. A seguir, temos a lista do top 10 municípios no ranking geral Connected Smart Cities 2020:

1° São Paulo (SP)

2° Florianópolis (SC)

3° Curitiba (PR)

4° Campinas (SP)

5° Vitória (ES)

6° São Caetano do Sul (SP)

7° Santos (SP)

8° Brasília (DF)

9° Porto Alegre (RS)

10° Belo Horizonte (MG)

São Paulo, em destaque como Smart City

Pensando em todo o problema da gestão de resíduos na cidade de São Paulo, a GreenPlat desenvolveu em 2017 o CTR-E, um software em blockchain para rastreabilidade e controle de resíduos. Todas as entidades privadas da cidade são registradas no software e inserem dados sobre o que geram e onde destinam seus resíduos.

Por meio deste software, pudemos registrar 16.800 geradores de resíduos – antes disso, apenas mil empresas se declaravam grandes geradoras de resíduos e ajudar o município a criar políticas que obrigam todas as empresas listadas em São Paulo a fazer seu registro no sistema CTR-E.

Isso afeta positivamente a população urbana, pois reduzimos o descarte incorreto, inibindo a contaminação dos recursos hídricos, o ambiente natural, o solo e inundações. Além de ajudar empresas e trabalhadores de gerenciamento de resíduos nos setores público e privado, oferecendo rastreabilidade, transparência e agilidade ao seu processo.

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