Entenda como o tema da sustentabilidade vem ganhando força perante a sociedade no setor do agronegócio

O setor do agro no Brasil corresponde a uma grande parcela da roda motriz econômica do nosso país. Em 2018, por exemplo, representou 21% de todo o PIB (Produto Interno Bruto), o que reforça sua importância no mercado e economia brasileira, gerando empregos e oportunidades em diversos segmentos do setor.  

Positivamente, o agronegócio no Brasil é impulsionado pelo aumento contínuo da produtividade. Isso se deve à utilização de tecnologia que maximiza a eficiência das cadeias de produção. Além disso, nosso país vem se destacando também pela produção de biocombustíveis, biogás e geração de energia. Neste sentido, a busca por qualidade, produção de alimentos e sustentabilidade tem sido os assuntos mais discutidos na sociedade atual. 

Abordaremos neste conteúdo: 

  1. A questão do lixo no agronegócio;
  2. Gerando energia através de resíduos orgânicos;
  3. Setor de agroquímicos; 
  4. Tecnologia e Inovação alinhadas à Sustentabilidade no agronegócio. 

Acompanhe nosso texto sobre as questões do “lixo” agroindustrial e maneiras de aprimorar e gerar sustentabilidade dentro das cadeias produtivas no agronegócio! 

1. A questão do lixo no agronegócio  

Atuando diretamente com os recursos naturais, o agronegócio e sua ação impactam visivelmente os ecossistemasa responsabilidade social e ambiental acabam ganhando um peso maior na tomada de decisão por parte dos consumidores e investidores. Caso as empresas do setor não adotem a sustentabilidade como ferramenta de negócio, o agronegócio pode perder acordos internacionais e afastar possíveis investimentos. 

Atualmente, o setor do agro é um dos que mais produz lixo no Brasil. Se­gundo o pesquisador Maurício Waldman, autor do livro Lixo: Cenários e Desafios, de 2011, a agricultura e pecuária respondiam por 58% dos resíduos gerados no território brasileiro.   

Este valor compreende desde materiais como dejetos e ossadas até embalagens de pesticidas, fertilizantes e matéria orgânica. Atualmente este número pode ser ainda maior, mas faltam estudos direcionados ao tema. 

De maneira geral, a maioria dos itens enquadrados como lixo agroindustrial tratam-se, na verdade, de subprodutos ou commodities. Sabemos que tais subprodutos vêm a ganhar cada vez mais protagonismo e finalidades de maior valor agregado no mercado, o que ajuda na questão am­biental e também na redução de custos da agroindústria. 

Portanto, a oportunidade existente sobre o lixo gerado no agronegócio e sua reciclagem são pontos a serem acompanhados de perto, visto as diversas maneiras de executar a reintrodução destes resíduos na cadeia produtiva, gerando energia, compostos orgânicos e diminuindo o impacto ambiental gerado pelo setor.

2. Gerando energia através de resíduos orgânicos  

Entendemos que não é correto designar como lixo os resíduos orgânicos gerados na agricultura, pois em sua totalidade, tratam-se de sobras da produção agronômica, que direta ou indiretamente, podem ser aproveitados na lavoura ou para fins energéticos na indústria. Um bom exemplo que podemos citar é o bagaço da cana, a fibra excedente do setor sucroenergético (produção de energia a partir da cana-de-açúcar).

Neste caso, a indústria utiliza a biomassa na produção de energia para o uso nas usinas, e muitas já vendem a bioeletricidade excedente. Outro exemplo é a queima da casca de arroz, prática já adotada por indústrias deste setor, também como forma de gerar energia para o próprio sistema industrial.   

Também bastante aplicado na agricultura, é o uso e prática da compostagem e dos biodigestores. O primeiro, utilizado em menor escala, é um processo biológico que visa transformar a matéria orgânica em um composto naturalcapaz de adubar novamente o solo, evitando o uso de adubos químicos inorgânicos repetitivamente nos ciclos de produção.

Já o segundo, utilizado em maior escala, parte do mesmo princípio: na ausência de oxigênio bactérias anaeróbicas (bactérias que não precisam de oxigênio para viver) decompõem a matéria orgânica úmida presente, gerando 2 principais subprodutos: gás e composto orgânico. 

O grande diferencial dos biodigestores é sua elevada produção de biogás (pelo grande volume de insumos), o que gera uma fonte renovável de energia. Desta maneira, o produtor ou a indústria, pode inserir novamente esta energia gerada em seu sistema produtivo, reduzindo custos em diversos elos da cadeia de produção.  

3. E o setor de agroquímicos?   

Por outro lado, ao observamos o setor de agroquímicos (defensivos, adubos), a preocupação com a destinação correta das embalagens vazias de seus produtos é ante­rior à Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelecida em 2010 (Confira nosso conteúdo explicativo sobre a PNRS, clicando aqui!). Isso porquê tais resíduos possuem alto risco de periculosidade, por serem tóxicos ao meio ambiente, aos animais e a população.  

Em geral, a correta destinação dos resíduos não orgânicos é mais difícil, pois envolve a necessidade de sua remoção para a indústria de reciclagem e, no meio rural, a separação e coleta desses resíduos é dificultada pelo alto custo do transporte às longas distâncias.  

Essa remoção para a reciclagem pode ser feita pela própria empresa que gerou o material que compõe os resíduos, em um processo denominado de “logística reversa”, como é o caso do recolhimento sistemáticos das embalagens de agrotóxicos. Este seria o caminho mais adequado e promissor.  

Porém, quando não há um processo de logística reversa, a situação fica mais problemática quando o sistema público de coleta e destinação de resíduos sólidos é deficiente ou, como em muitos casos, inexistente no meio rural. Em tais situações, infelizmente é comum observarmos os resíduos sendo irregularmente amontoados em algum canto da propriedade ou sendo indevidamente queimados.  

Vale ressaltar que, diante da Política Nacional de Resíduos Sólidos, é vedada a disposição de resíduos sólidos a céu aberto (à exceção dos resíduos de mineração), seu lançamento em quaisquer corpos hídricos ou a sua queima em locais e equipamentos não especificamente licenciados para essa finalidade, pode resultar em multa ou até mesmo em detenção ao responsável.  

4. Tecnologia e Inovação alinhadas à Sustentabilidade no agronegócio  

Atualmente, existem uma forte pressão populacional e governamental no sentido da gestão adequada de resíduos sólidos nas propriedades rurais.   

Ao aplicarmos a gestão de resíduos orgânicos, tal fator contribui diretamente para o desenvolvimento sustentável da população. Isto porque as práticas de gestão aumentam a vida útil de aterros sanitários, reduz a geração dos resíduos e direciona corretamente os resíduos não passíveis a degradação natural/orgânica aos órgãos responsáveis.    

Ou seja, ao destinar e controlar sua produção de resíduos, você está contribuindo para a redução direta dos níveis de poluição ambiental de sua cidade, estado e do Brasil!  

Neste sentido, o Software da GreenPlat pode atuar como um grande divisor de águas. Por ser um BaaS – Blockchain as a Service (Blockchain como serviço), o produtor ou a indústria agropecuária pode através do acompanhamento on-line e remoto, gerir, auditar e acompanhar todo o processo de produção, bem como direcionar e alocar corretamente os resíduos agroindustriais que não podem ser convertidos em energia, adubo orgânico ou biogás.  

O software ainda permite o contato entre a empresa geradora do resíduo, coletores e o destino final, que são as empresas que realizam a reciclagem e/ou a logística reversa dos produtos. GreenPlat gera relatórios de gestão, automáticos, que auxiliam na melhoria contínua dos processos. Também é possível rastrear e ter acesso aos dados do que foi entregue ao transportador e o seu destino final, tudo documentado e protegido via blockchain. 

Sua empresa atua no setor do agro e você quer entender como podemos te ajudar a melhorar sua destinação,
entre em contato no [email protected] ou acesse nosso site! 

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