Sabe aquele medicamento que acabou, você guardou e o prazo de validade acabou? Aprenda o que fazer para descartá-lo corretamente.

É muito importante cuidar da saúde, estar em dia com os exames de rotina e visitar um médico regularmente, praticar atividade física e principalmente se alimentar bem evitando excessos e alimentos gordurosos e com muito açúcar. Mesmo assim, ninguém está livre de vez ou outra precisar tomar remédios, seja para um simples resfriado ou para uma enfermidade mais séria. Mas a questão é: acabou o tratamento, sobrou remédio, o tempo passou e esse remédio que estava lá esquecido no fundo do armário ou da necessaire, passou do prazo de validade, o que fazer?
De acordo com um artigo da Agência Senado, publicado no site do Instituto de Comunicação e informação Científica e tecnológica em Saúde, da FIOCruz (ICICTS – Fundação Oswaldo Cruz), o Brasil é o sétimo país que mais consome medicamentos, e conta com cerca de 70 mil farmácias espalhadas por todo o território nacional. Mesmo assim, ainda não existe uma lei que regulamente o descarte de medicamentos vencidos ou não, ou até mesmo uma logística reversa adequada. Ainda, o artigo diz que o descarte aleatório de medicamentos vencidos ou sobras é feito por grande parte das pessoas no lixo comum ou na rede pública de esgotos.
Neste texto, você irá aprender um pouco sobre os riscos do descarte incorreto de medicamentos vencidos e como descartá-los de maneira a minimizar os impactos ambientais, além disso, falaremos um pouco sobre o que fazer com os medicamentos que sobraram e que ainda podem ser utilizados.
Riscos do descarte incorreto de medicamentos
O descarte de medicamentos é um problema que ocorre há décadas no mundo todo, porém, a percepção de que é feito de maneira incorreta é relativamente nova. Ele apresenta riscos ao solo e à água, por causa dos micropoluentes existentes na composição do remédio. Se pararmos para pensar, a quantidade de micropoluentes daquele antibiótico ou remédio para dor de cabeça que você jogou na privada porque venceu, é pouca, mas se multiplicarmos isso ao seu vizinho fazendo o mesmo, ao bairro, à cidade, ao país, esses poucos micropoluentes presentes no medicamento podem se tornar bilhões, sendo despejados diariamente.
Esses medicamento acabam indo parar nos aterros, lixões, estações de tratamento de água ou esgoto, no solo, rios ou mares. Há também a perigosa parcela dos que são descartados no lixo comum: como eles não são metabolizados, que é o que acontece dentro do nosso organismo, acabam chegando em sua forma original aos aterros que, caso não possuam impermeabilização adequada, podem contaminar o solo e os lençóis freáticos. em concentrações até maiores que via esgoto.
Existem técnicas específicas para o tratamento dos fármacos descartados como a ultrafiltração, oxidação avançada ou a ozonização, mas os custos são bastante elevados e por isso, sua implantação acaba infelizmente não sendo viável.
Nem todos os problemas que podem ser causados pelos compostos dos medicamentos no meio ambiente são conhecidos. O que se sabe é que, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Winsconsin-Milwaukee, nos Estados Unidos, os medicamentos quando descartados em água, ao diluírem-se, podem afetar o comportamento dos peixes, que acabam se tornando vulneráveis aos efeitos destes. Além disso, alguns fármacos são de difícil decomposição e acabam se acumulando no meio ambiente. Outro fator de grande risco é que, os medicamentos descartados no lixo comum, podem ser encontrados por pessoas que manejam resíduos sem proteção, como catadores nos lixões ou animais, são suscetíveis a contaminações e até intoxicações caso achem o medicamento e o consumam. Os antibióticos também preocupam: quando expostos ao meio ambiente, tornam as bactérias resistentes a ele, diminuindo sua eficácia como um todo, de acordo com o relatório “Fronteiras” da ONU, de 2017.
Onde descartar os remédios vencidos?
Caso seu medicamento tenha vencido e um dia você foi organizá-los e descobriu isso, não se desespere! Nem descarte-os na privada ou no lixo. Agora, você já conhece os riscos que o descarte incorreto pode trazer a curto e longo prazo, vamos fazer do jeito certo?
Leve os medicamentos até um ponto de coleta mais perto do seu trabalho ou residência, eles podem ser nas drogarias, farmácias, hospitais ou postos de saúde. Você pode descobrir onde encontrar um, pela internet ou até mesmo ligando na secretaria de saúde do seu município.
Viu como é fácil?
O que fazer com os remédios que sobram e ainda estão na validade?
Simples, conhece alguma casa de repouso ou de assistência médica? Além de clínicas específicas para idosos, crianças ou pessoas com necessidades especiais? Dê uma ligadinha e ofereça! Se eles estiverem precisando, prontamente irão aceitar – e em muitos casos, disponibilizam alguém da equipe deles para ir buscar na sua casa! Caso não aceitem, basta levar nos pontos de coleta para descarte!
E o blíster?
O descarte das embalagens dos medicamentos que acabaram é muito mais simples! Sejam eles, caixas, blisters ou frascos, basta descartar em um ponto de coleta seletiva. No caso dos frascos de xaropes ou remédios líquidos, vale dar uma lavadinha antes, com água mesmo, para evitar a contaminação do lixo reciclável.
Falando em remédio, uma das maiores indústrias farmacêuticas do mundo, a Takeda, é nossa cliente e um dos nossos maiores Cases de Sucesso! Nesse vídeo, eles contam como fazem a gestão dos resíduos na fábrica de Jaguariúna. Assista!
Estudante de Publicidade e Propaganda com ênfase em Criação. Apaixonada pela comunicação e pela natureza. Cinéfila nas horas vagas e aventureira de meia tigela.